domingo, 8 de dezembro de 2019

Deixe-me apresentar você



Deixe-me apresentar você: descubra sua verdadeira identidade
Autora: Talitha Pereira
Editora: Vida
Ano: 2019


Uma mostra de como somos especiais


     Nessa obra, Talitha nos traz uma visão sobre a identidade das mulheres aos olhos de Deus. Ela nos apresenta essa identidade para ser compreendida, aceita e celebrada. Mostra como devemos lidar com as nossas expectativas, a fim de que nos libertemos das comparações e do ideal de perfeição. Apresenta a nossa singularidade como criatura única e especial de Deus. Aponta-nos a importância dos pensamentos que temos a nosso respeito, e a vitória que devemos ter com relação à autodepreciação e à autopiedade. Leva-nos a tomar atitudes de transformação, sempre focadas em Deus. Mostra o nosso potencial de excelência e a luta para alcançarmos esse potencial. E fala sobre a essência do propósito, da humildade e do Reino que devemos ter.
    Com uma linguagem bem-humorada e várias referências bíblicas para fundamentar seu texto, o livro é bastante inspirador e encorajador. Depois da distorção da nossa imagem feita pelo mundo, ler sobre nós sob a ótica de Deus se torna mais do que importante, é necessário.

sábado, 2 de novembro de 2019

Quando a Escuridão não Passa



Quando a escuridão não passa: vivendo com esperança em Deus em meio à depressão
Autor: John Piper
Editora: Vida Nova
Ano: 2019

O alento que você precisava na hora difícil


     Trago agora um livro sobre depressão que você deve ler, estando ou não vivendo dias maus. O inspirado autor John Piper traz uma obra pequena, mas de grande valor. Ela consegue proporcionar algo muito próximo a um abraço, ou a um sussurro de quem diz: vai ficar tudo bem.
     O livro é introduzido pelo que o autor chama de "a luta pela alegria". Ele mostra que esse estado está além da mera sensação de se estar feliz: é literalmente algo pelo que devemos lutar.
     Em seguida, somos apresentados à "escuridão da melancolia".
"A doença chamada melancolia se encontra formalmente no estado de espírito, cuja indisposição o incapacita para o trabalho, uma vez que influencia a imaginação, o entendimento, a memória e as afeições; portanto, por meio dessa indisposição a faculdade de pensar se encontra doente e se torna como um olho inflamado ou um pé torcido ou destroncado, incapacitada para um funcionamento adequado." (p. 24)
     Vemos que não estamos nem perdidos nem sozinhos enquanto aguardamos na escuridão.
"Nossa fé tem altos e baixos. Ela tem níveis. Mas nossa segurança não desce nem sobe." (p. 38)
     Temos que assumir uma posição ativa na luta contra a depressão. Não podemos simplesmente nos deixar levar, caso contrário seremos destruídos. Temos que dissipar as trevas, e fazemos isso quando lutamos pela alegria, compartilhamos nossa fé e nos doamos.
     A leitura é excelente, leve e proveitosa. Haverá momentos em que a escuridão permanecerá, mas certamente podemos viver com esperança em Deus, até tudo passar.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

A Depressão de Spurgeon



A depressão de Spurgeon: Esperança realista em meio à angústia
Autor: Zack Eswine
Editora: Fiel
Ano: 2014 (original)/ 2015 (Brasil)

Um livro para não ser lido na depressão


Zack Eswine é um pastor que decidiu escrever a respeito da depressão que o grande pregador Charles Spurgeon passou. Os textos extraídos da vida e obra de Spurgeon são mesmo riquíssimas fontes de inspiração e identificação para aqueles que sofrem do mesmo mal. 
"A mente pode desabar muito mais profundamente do que o corpo, pois nela há poços sem fundo. A carne pode suportar um certo número de feridas e não mais, mas a alma pode sangrar de dez mil maneiras, e morrer repetidas vezes a cada hora." (Charles Spurgeon - p. 37)
Já os comentários do pastor Zack, ao meu ver, devem ser lidos com critério e uma estrutura psicológica bem firme. 
"Neste mundo caído, a tristeza é um ato de sanidade e nossas lágrimas, o testemunho daquilo que é são." (p. 44)
O autor procura explicar o que é a depressão, diferenciando a doença física da espiritual; mostra algumas maneiras de lidar com o depressivo, inclusive o que não fazer ou dizer a ele; e formas de autoajuda para lidar diariamente com a depressão.
A linguagem é rebuscada, como se o autor estivesse mais preocupado em fazer da dor, poesia, do que realmente trazer luz aos afligidos da alma.
O melhor da obra, sem dúvida, são os discursos diretos de Charles Spurgeon, trechos não modificados por um autor que, provavelmente, também passava por momentos difíceis enquanto escrevia, transmitindo mais melancolia do que esperança a um público de potenciais depressivos.